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Varizes
As varizes consistem em dilatações das veias superficiais dos membros inferiores, que ocorrem devido a um mecanismo de aumento da pressão no seu interior e a um enfraquecimento da parede da veia. Segundo BOBAK (1999), as varizes podem ser devidas à predisposição hereditária ou ser atribuída ao relaxamento dos músculos lisos das paredes das veias, condicionado pelas hormonas provocando vasoconstrição pélvica, situação que será agravada devido ao aumento do útero, gravidade e esforço aumentado para defecar.
Recomenda-se para minimizar ou prevenir este desconforto:
Evitar ficar sentada ou de pé por longos períodos. Se não poder evitar estar de pé, deverá manter as pernas em movimento;
Evitar cruzar as pernas;
Usar meias elásticas sem liga pois proporcionam maior sustentação e reduzem a distensão das veias – após recomendação médica de qual a compressão a utilizar e avaliação do índice de pressão tornozelo-braço;
Praticar exercício físico regular, desde que não haja contra-indicação médica, para facilitar a circulação sanguínea das pernas;
Quando descansar, elevar os membros inferiores;
Elevar os pés da cama, para que quando dormir estes se manterem elevados;
Antes de sair do banho passar o chuveiro com água fria nas pernas em sentido ascendente – esta recomendação empírica não foi
Hemorróidas
As hemorróidas consistem em dilatações do plexo venoso da submucosa rectal, formadas por tecido vascular, tecido conjuntivo e elástico e fibras de musculatura lisa existentes no canal anal e ânus. Estas podem surgir ou agravar-se durante a gravidez, provocando exacerbação e recidiva dos sintomas (tumefacção, dor, prurido e hemorragia), decorrentes do retorno de sangue que está obstruído pelo aumento da pressão nas veias hemorroidárias decorrentes da compressão do útero grávido.
Recomenda-se:
Prevenir a obstipação com as medidas já referidas, nomeadamente:
Aplicar gelo localmente;
Aplicar localmente compressas embebidas em água morna ou executar banhos de assento mornos com intuito de aliviar a dor;
Lavar a zona anal após cada defecação e se necessário aplicar um anestésico local - de acordo com a recomendação médica.
Lipotímia
A lipotímia (desmaio) e a hipotensão postural são desconfortos típicos do 2.º e 3.º trimestre da gravidez.
A hipotensão postural ou ortostática consiste na queda súbita da pressão sanguínea (tensão arterial) no momento em que a pessoa adopta a posição erecta (de pé). Deve-se à compressão exercida pelo útero sobre a veia cava ascendente, quando a mulher grávida está na posição de decúbito dorsal (de costas) levando à diminuição da perfusão.
A lipotímia consiste na pela perda de sentidos, havendo no entanto a conservação da respiração e circulação. Pode persistir durante toda a gravidez e é devida à labilidade vasomotora ou à hipotensão postural, provocadas pelas hormonas. Já na gravidez em estado mais avançado, pode ser devido ao aumento da estase venosa dos membros inferiores.
Os sinais e sintomas da hipotensão postural são os seguintes: palidez, sensação de tontura, sensação de desmaio, falta de ar, taquicardia, náuseas, pele húmida e fria e suores.
Recomenda-se:
Praticar exercício físico moderado;
Fazer inspirações lentas e profundas;
Movimentar vigorosamente as pernas;
Evitar mudanças bruscas de posição;
Manter ambiente fresco, evitando lugares com muita gente e ambientes fechados;
Evitar hipoglicemia (baixa de açúcar), fazendo 5/6 refeições por dia;
Descansar sempre que necessário;
Adoptar a posição de decúbito lateral esquerdo ou semi-sentada, com joelhos ligeiramente flectidos.
Azia e pirose
A azia consiste numa sensação de “ardor” a nível gástrico, na região inferior do tórax ou superior ao abdómen, enquanto que na pirose há um refluxo do conteúdo gástrico para o esófago sendo definida como uma sensação de ardor, dor ou mal-estar, desde o estômago até à garganta. Esta última é devida ao aumento do tamanho do útero e da pressão que exerce sobre o estômago e intestino, pois o estômago é empurrado para cima pelo útero grávido.
Devido à progesterona, a motilidade gastro-esofágica intestinal e da vesícula biliar, bem como a tonicidade dos esfíncteres estão diminuídos durante a gravidez, havendo assim uma diminuição do tempo de esvaziamento gástrico, o que conduz ao enfartamento, azia, pirose e obstipação.
Recomenda-se:
Efectuar um regime alimentar fraccionado, seis ou mais refeições por dia, em pequenas quantidades, evitando assim grandes refeições;
Evitar comer alimentos gordurosos ou muito condimentados, bem como bebidas gaseificadas, citrinos, café, chá e chocolate;
Identificar alimentos causadores de azia e evitá-los;
Evitar deitar-se logo após as refeições;
Manter uma ingestão hídrica adequada, bebendo no intervalo das refeições;
Beber pequenas quantidades de leite em intervalos curtos, de
Levantar ligeiramente a cabeceira da cama, entre
Informar os profissionais de saúde se estas medidas não amenizarem o desconforto na medida em que poderá ser prescrita uma terapêutica adequada.
Desejos
Segundo BOBAK (1999), os desejos alimentares têm uma etiologia desconhecida e são condicionados pela cultura e área geográfica.
Não existe prevenção para tal desconforto. No entanto coloca-se a hipótese que estejam relacionadas com alterações hormonais que se verificam durante o tempo de gestação. Na verdade verificam-se alterações a nível do sistema gustativo e olfactivo.
Os desconfortos relacionados com alterações do sistema tegumentar consistem, de acordo com BRANDEN (2000) em quatro tipos: os distúrbios pigmentares, as estrias gravídicas, os tramas vasculares e os eritemas palmares. No entanto BOBAK (1999), também refere que há uma aceleração da actividade glandular sebácea e sudorípara.
Os distúrbios pigmentares surgem por volta da 8ª semana de gravidez e deve-se, em grande parte, à hormona estimuladora dos melanócitos em associação com o ACTH (tireotopina e hormona adenocorticotrópica), assim como também da acção dos estrogénios e progesterona. As alterações são mais marcantes nas zonas já de si hiperpigmentadas, como a face, as auréolas mamárias, as axilas, o abdómen, a região anal e as faces internas das coxas. As alterações mais específicas são a linha negra e a máscara gravídica. Afectam cerca de
Recomenda-se:
Informar à mulher e família que é inevitável;
Informar que os distúrbios pigmentares desaparecem após a 1ª ou 2ª semana do puerpério;
Evitar a exposição ao sol;
Utilizar um creme hidratante com factor alto de protecção solar, pois, o sol escurece as manchas tornando mais difícil o seu desaparecimento depois do parto.
As estrias gravídicas consistem no rompimento das fibras elásticas, que sustentam a camada intermédia da pele, que é formada por colagénio e elastina (que são responsáveis pela sua tenacidade e elasticidade). Fruto da acção combinada das hormonas adernocorticosteroídes com o aumento do peso e do útero, pois provocam o estiramento do tecido conjuntivo subjacente à pele. Segundo vários especialistas quase 90% das grávidas desenvolvem estrias.
Recomenda-se:
Tranquilizar a grávida, informando que esta alteração é normal e que após o parto costumam ficar mais discretas;
Fazer uma alimentação equilibrada evitando o excesso de peso;
Fazer massagens;
Praticar exercício físico moderado;
Aplicar diariamente um creme especifico anti-estrias, um creme gordo ou óleo de amêndoas doces, na zona do peito, abdómen e nádegas.
As talangiectasias consistem em pequenos capilares localizados na pele, muito finos, ramificados, em geral de cor avermelhada, constituídas por microfístulas arteriovenosas. Fruto do aumento do fluxo sanguíneo subcutâneo e também ao aumento da secreção de estrogénios. São também chamadas “spider veins” pelo padrão tipo teias de aranhas e na grande maioria das vezes causam distúrbios apenas do ponto de vista estético. O aparecimento é mais comum na zona do tórax, pescoço, braços, face e pernas.
Recomenda-se:
Tranquilizar as mulheres, pois após o parto costumam ficar mais discretas;
Dar a indicação de aplicação de creme localmente.
Os eritemas palmares consistem em áreas rosadas muito bem demarcadas, difusas sobre as palmas e/ou dedos, que estão associadas, segundo BOBAK (1999), às telangiectasias e ao hiperestrogenismo.
Recomenda-se:
Tranquilizar a mulher e família, pois é inevitável;
Informar para o facto destes desaparecerem após a 1ª ou 2ª semana do puerpério.