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Domingo, 30 de Novembro de 2008

Desconfortos 1º trimestre

Naúseas e vómitos

 

 

As náuseas e/ou vómitos podem surgir volta da 4ª a 6ª semana de gravidez. Segundo BABYPARTNER (2005) é o desconforto mais usual, com uma prevalência de 60-80%, variando na intensidade.

É caracterizado como uma sensação de mal-estar, desconforto no estômago, com vontade de vomitar, sendo a sua incidência superior de manhã, podendo todavia ocorrer a qualquer hora do dia. Há múltiplos estímulos referidos pelas grávidas como desencadeantes deste desconforto. O sintoma (náusea) e o sinal (vómito) terão uma duração provável até à 12ª semana, havendo uma tendência na diminuição da sua frequência e intensidade ao longo do tempo. Embora raro, em alguns casos podem prolongar-se ate à 17ª semana ou até ao final da gravidez.

Pensa-se que a principal causa das náuseas são as drásticas alterações hormonais que ocorrem, nomeadamente o nível da gonadotrofina coriónica humana, assim como o estrogénio e progesterona. Alguns autores defendem que as náuseas também podem ser causadas por factores emocionais, nomeadamente como resposta ao stress. Outra causa atribuída é o relaxamento dos músculos do tracto digestivo causado pela progesterona.

As náuseas/vómitos sendo moderados não prejudicam a saúde da grávida e do feto, porém se forem intensos e persistentes podem evoluir para a hiperemese gravídica, podendo constitui um risco para a mãe e feto pelo défice de nutrientes e desequilíbrio electrolítico que pode provocar.

Para diminuir a incidência destes recomenda-se:

*      Evitar saltar refeições e/ou prolongar o jejum, pois levará à hipoglicémia (baixa de açúcar no sangue) o que será causa de maior mal-estar;

*      Beber água fraccionadamente e não nas principais refeições - pelo menos meia hora antes e após as refeições;

*      Evitar alimentos picantes, muito condimentados, fritos e gorduras pois são agressivos para o sistema digestivo;

*      Fazer pequenas e frequentes refeições ao longo do dia (cada 2 ou 3 horas) mesmo sem a sensação de fome; sugerindo ter bolachas ou tostas na mesa-de-cabeceira, no carro ou na carteira;

*      Evitar cheiros ou alimentos que despertem ou aumentem a sensação de náusea. Se necessário, solicitar ajuda na confecção das refeições ou arejar a cozinha e ligar de imediato o exaustor;

*      Manter o ambiente fresco e arejado, pois a sensação de calor aumenta as náuseas;

*      Nas principais refeições ingerir hidratos de carbono, nomeadamente, pão integral, batatas, arroz ou outros cereais;

*      Antes de dormir ingerir uma pequena quantidade de proteínas, preferentemente, uma fatia de fiambre, frango ou queijo, pois estas têm uma absorção lenta, mantendo assim a glicemia mais uniforme durante a noite;

*      Ingerir uma bolacha e um copo de água quinze a trinta minutos antes de levantar da cama para aumentar o nível glicémico antes de iniciar qualquer actividade;

*      Descansar e fazer sestas;

*      Não deitar logo após uma refeição;

*      Não lavar os dentes logo após a refeição, pois pode estimular o vómito;

*      Fazer passeios ao ar livre evitando locais com cheiros do desagrado;

*      Ingerir alimentos frios ou tépidos, pois têm menos aroma;

*      Ingerir chá de gengibre ou fazer gelados de gengibre;

*      Cheirar limão ou gengibre;

*      Fazer um levante gradual e lento e evitar movimentos bruscos;

*      Evitar bebidas alcoólicas e com cafeína;

*      Evitar fumar, pois além de ser prejudicial para o feto também diminui o apetite;

*      Fazer medicação anti-emética (para diminuir os vómitos) ou vitaminas, quando prescritas;

*      Alterar a hora da toma do complexo vitamínico;

*      Solicitar a mudança da marca do complexo vitamínico se já estiver a tomar um;

*      Existe evidência que sugere que acupunctura no pulso é útil (SMITH, 2006).

Não há uma cura simples para as náuseas a algumas destas sugestões não conseguiram ainda encontrar um explicação científica para elas apesar de resultarem. Porém convém referir que o que resulta para uma mulher pode não resultar para outra, pelo que deve procurar a sua enfermeira/ médico assistente para melhor a aconselharem.

 

Fadiga e sonolência

 

 

A fadiga é uma sensação típica não só do primeiro mas também do terceiro trimestre. Dentro das alterações fisiológicas da gravidez verifica-se que há o aumento do volume sanguíneo e da frequência cardíaca, o que implica que o coração tem que trabalhar mais para levar o oxigénio e nutrientes ao feto. O corpo da grávida tem necessidade de maior descanso devido ao esforço extra a que está sujeito para criar um ambiente adequado para o seu filho. No primeiro trimestre, a sensação de fadiga e forte sonolência também advém das drásticas alterações hormonais tal como descritas atrás, nomeadamente, a progesterona como principal responsável. Se a grávida apresenta ainda náuseas e/ou vómitos a fadiga é agravada. Outras das causas descritas são as alterações psicológicas do primeiro trimestre e novamente no terceiro trimestre, nomeadamente, a ansiedade e o stress que também contribuem para a sensação de fadiga. Outra das causas da fadiga é a anemia ferropénica que segundo MARCH OF DIMES (2007), chega atingir 50% das gravidezes.

Para minimizar a influência destes sintomas na vida da mulher recomenda-se:

*      Fazer sestas durante o dia;

*      Deitar mais cedo do que o habitual;

*      Evitar assumir tarefas e responsabilidades para que possa ter mais tempo para descansar;

*      Pedir a colaboração dos familiares e amigos;

*      Praticar exercício físico moderado regularmente, nomeadamente, uma caminhada de 30 minutos por dia;

*      Fazer exercícios respiratórios durante o dia, respirando fundo e lentamente (numa tentativa de relaxar e melhorar o aporte de oxigénio aos órgãos e feto);

*      Manter uma alimentação equilibrada, nomeadamente rica em frutas, vegetais, cereais, carnes magras e água, comendo 5-6 vezes por dia.

 

 

 

Hipersensibilidade mamária

 

Durante a gravidez ocorrem mudanças importantes nas mamas da mulher. Estas modificações surgem devido a alterações hormonais tendo em vista a preparação para a amamentação.

Para muitas mulheres o aumento e a hipersensibilidade mamária é um dos primeiros sinais de gravidez, surgindo entre a 4ª e a 6ª semana de gestação. Os mamilos ficam mais erécteis., as aréolas aumentam de tamanho e há hipertrofia das glândulas sebáceas e dos tubérculos de Montgomery, que estão descritos como mecanismo de protecção, evitando assim a sua secura e eventuais fissuras. Os mamilos e as auréolas ficam mais pigmentados. É vulgar também, o aparecimento de vasos sanguíneos mais evidentes e salientes, provocado pelo aumento da irrigação sanguínea. Estrias podem aparecer devido ao rápido aumento de volume e pode haver saída de colostro logo no primeiro trimestre.

Recomenda-se à mulher:

*      Usar um soutien com boa sustentação, ajustado à mama, com alça mais larga (reforçada), com fecho mais largo e com maior possibilidade de ajuste. Este não tem necessariamente de ser de grávida;

*      Preferir soutiens de algodão;

*      Evitar soutiens com aro, pois são muito restritivos e podem comprometer a circulação sanguínea e até ferir a mama;

*      Se preferir, durante a noite usar um soutien de algodão de tamanho ajustado e não restritivo;

*      Evitar o uso de sabonete ou gel de banho nos mamilos de forma a não secar a pele e impedir a função das glândulas (tubérculos de Montgomery);

*      Tomar um banho morno;

*      Se estiver com a sensação de calor, aplicar uma toalha fresca e húmida;

*      Deixar secar ao ar, mas antes de vestir certificar que ficam bem secas após o banho recorrendo a uma toalha;

*      No caso de saída de colostro, usar uma gaze ou disco de amamentação transpirável (sem plástico) e mudá-los frequentemente de forma a manter o mamilo em óptimas condições de higiene e sem excesso de humidade.

 

Ptialismo

 

Consiste no aumento de secreção de saliva. Esta situação pode aparecer logo desde os primeiros dias, sendo uma queixa no primeiro trimestre podendo mesmo prolongar-se até ao final da gravidez.

Segundo o BABYCENTER (2007), pensa-se que provavelmente esteja associado às grandes alterações hormonais do primeiro trimestre, que na presença de náuseas a grávida rende a não deglutir (engolir) a saliva provocando a sensação de excesso de salivação, que associada à azia pois sendo esta devido ao refluxo de conteúdo gástrico que por sua vez tem pH ácido e como nos vómitos há efectivamente saída de conteúdo gástrico, o esófago activa as glândulas salivares para produzir mais saliva como mecanismo de compensação, pois tem uma grande concentração em bicarbonato o qual tem pH alcalino. Assim sendo, a saliva quando deglutida acaba por ser um meio de protecção do esófago.

 

Recomenda-se:

*      Tentar engolir a saliva, no entanto se causar náuseas pode optar por cuspi-la para um lenço de papel;

*      Chupar um rebuçado ou mascar pastilha elástica sem açúcar, de forma a facilitar a deglutição da saliva. Estes também não devem ser ácidos pois, podem estimular a produção de saliva;

*      Beber bastante água;

*      Manter uma alimentação equilibrada;

*      Implementar as medidas de combate às náuseas, vómitos e azia.

 

 

 

Obstipação

 

A obstipação é um desconforto comum na gravidez e consiste na dificuldade em evacuar. Segundo BABYPARTNER (2005) a incidência de obstipação na gravidez é de 30.

A obstipação é causada pelo aumento drástico da progesterona logo desde as primeiras semanas de gravidez que provoca uma diminuição no tónus e motilidade dos músculos lisos, nomeadamente, dos movimentos peristálticos o que provoca uma maior absorção de água e nutrientes, tornando assim as fezes mais secas e duras. Pode ainda ser provocada ou agravada pela ingestão de suplementos de ferro que é comum na gravidez, com a progressão da gravidez acontece que o útero cresce e comprime os intestinos o que dificulta o trajecto e esvaziamento das fezes e potencia o aparecimento ou agravamento de hemorróidas.

Recomenda-se que para prevenir ou minimizar a obstipação se deve:

*      Tentar evacuar todos os dias à mesma hora de forma a tentar criar ou cumprir uma rotina e não adiar uma ida logo que sinta vontade de evacuar;

*      Manter uma alimentação equilibrada com reforço de água (1,5 a 2 litros por dia) e alimentos ricos em fibras, tais como, fruta (excepto bananas e maçãs), legumes, cereais integrais, ameixas e sumo de ameixa;

*      Praticar exercício físico moderado e regular, como por exemplo uma caminhada de 30 minutos diária ou pelo menos três vezes por semana, o que estimula a motilidade intestinal;

*      Massajar a zona abdominal no sentido dos ponteiros do relógio, comprimindo o trajecto do intestino grosso;

*      Informar o profissional de saúde da intensidade da obstipação para que possa eventualmente rever a dose de ingestão de ferro e a necessidade de um suplemento de fibra ou a prescrição de um medicamento.

 

 

 

 

Labilidade emocional

 

A labilidade consiste numa grande variação emocional num curto espaço de tempo. A sua causa é atribuída a dois factores: ao aumento brusco das hormonas de gravidez e às alterações psicológicas desta nova etapa de vida.

Não é de admirar que a grávida num momento sinta uma alegria enorme de estar grávida e no próximo sinta que ainda não está preparada para ser mãe. Mesmo nas gravidezes planeadas, o sentimento de ambivalência no primeiro trimestre está presente. As preocupações relacionam-se com a viabilidade da gravidez (medo do aborto), a saúde do filho, o conseguir ser boa mãe, a relação com o pai e os desafios financeiros.

Recomenda-se que para diminuir a influência do desconforto na vida da grávida:

*      Reduzir as responsabilidades e tarefas para que possa dedicar mais tempo a si própria;

*      Cuidar da sua beleza;

*      Promover a sua auto-estima;

*      Não deixar que sentimentos negativos se acumulem encontrando assim formas de descomprimir, como por exemplo, meditação, yoga, massagem, entre outras técnicas de relaxamento;

*      Praticar exercício físico moderado e regular;

*      Descansar e dormir o suficiente;

*      Passear ao ar livre;

*      Falar sobre os sentimentos e preocupações com o companheiro, amigo/a e familiares em quem confia. O simples facto de verbalizar torna as dificuldades mais claras;

*      Se a labilidade emocional aumentar e sentir que é insuportável, deve referenciar o facto ao profissional de saúde.

 

 

 

 

Dor pélvica

 

As dores pélvicas consistem em dores na região baixa do abdómen, que podem por vezes irradiar para outras zonas. As dores podem ter intensidade variável, tendo gravidade acrescida quando acompanhado com sangramento vaginal, uma vez que pode ser indício de complicações mais graves, como o aborto ou uma gravidez ectópica.

Recomenda-se perante este desconforto:

*      Repousar e evitar fazer esforços;

*      Aquando de qualquer sintoma deve referir ao profissional de saúde;

*      Se ocorrer sangramento/dor intensa recorrer de imediato ao serviço de urgência de uma instituição hospitalar.

publicado por Isabel às 17:40
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Sábado, 15 de Novembro de 2008

Data prevista de parto

 

Se o ciclo menstrual é de 28 dias, isto é, passam 28 dias entre o começo de um ciclo menstrual e o começo do seguinte, é-lhe fácil calcular a sua data prevista de parto (DPP).

Sabendo que a duração média da gravidez é de 40 semanas, isto é, entre 38 e 42 semanas. Podem fazer-se cálculos simples, sendo eles: ao primeiro dia da última menstruação adicionamos 7 dias e depois subtraímos 3 meses (SMITH, 2006).

DPP= 1º dia da última menstruação + 7 dias – 3 meses

Ex. 1º dia da última menstruação: 1 de Agosto

+ 7 dias = 8 de Agosto

- 3 meses = 8 de Maio é a data prevista de parto

publicado por Isabel às 20:51
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Sábado, 1 de Novembro de 2008

Sinais de alerta na gravidez

Ao longo da gravidez por múltiplas causas podem surgir alguns sinais e sintomas que devem conduzir a grávida a contactar com profissionais de saúde, sendo alguns destes apresentados de seguida.

 

 

 

Sinais de alerta durante a gravidez

*      Vómitos repetidos ou intensos;

*      Tonturas e vertigens;

*      Alterações da visão;

*      Aumento súbito de peso;

*      Diminuição da diurese (quantidade de urina) ou queixas urinárias;

*      Dores abdominais;

*      Cefaleias (dor de cabeça) intensas ou permanentes;

*      Edemas (inchaço) matinais da face e das mãos;

*      Diminuição súbita dos movimentos fetais;

*      Leucorreia (corrimento vaginal esbranquiçado) aquosa, abundante;

*      Hemorragia vaginal;

*      Febre;

*      Tumor ou dor em zona varicosa (Bobak, 1999).

publicado por Isabel às 20:01
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